Com Lenine, a banda Angra canta a vida seca do nordeste do Brasil em álbum nascido da dor

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Décimo disco de estúdio do grupo paulistano de metal, ‘Cycles of pain’ sai em 3 de novembro com músicas compostas em tempo de incertezas e luto. A banda Angra lança o décimo álbum de estúdio, ‘Cycles of pain’, em 3 de novembro
Marcos Hermes / Divulgação
♪ A aridez do sertão nordestino, onde infâncias são roubadas na luta cotidiana pela água e pela sobrevivência, ecoa no décimo álbum de estúdio da banda Angra, Cycles of pain. A música Vida seca se diferencia no disco pela temática brasileira e por ter letra bilíngue em que os versos em português são ouvidos na voz do pernambucano Lenine.
Trinta anos após o álbum de estreia Angels cry (1993) e cinco após o disco anterior ØMNI (2018), o grupo paulistano de heavy metal lança Cycles of pain em 3 de novembro, pela gravadora alemã Atomic Fire Records, com distribuição mundial feita via Voice Music.
No conceito do guitarrista Rafael Bittencourt, fundador da banda Angra e único remanescente da formação original do grupo, Cycles of pain é álbum nascido da dor e da tristeza de tempos incertos.
“Nos últimos cinco anos, experimentamos dor, desafios, frustrações, glórias e sucessos em montanha-russa de emoções que se tornou um caldeirão de temas e inspirações. Estávamos isolados, atormentados, lidando com a sombra da doença e da morte diariamente. Hoje até parece surreal lembrar de tudo pelo que passamos. Como resultado, Cycles of pain é álbum denso de experiência e dor acumulada”, caracteriza Bittencourt, que, em caráter pessoal, viveu nesse tempo o luto pelas mortes do pai e de André Mattos (1971 – 2019), vocalista que também fundou a banda, surgida em 1991 na cidade de São Paulo (SP).
Cycles of pain é o terceiro álbum da terceira geração do Angra, consolidando formação iniciada há dez anos com a chegada do vocalista Fabio Lione ao grupo em 2013. As entradas do baterista Bruno Valverde em 2014 e do guitarrista Marcelo Barbosa em 2015 completaram a atual formação, que inclui o baixista Felipe Andreoli, na banda desde 2001.
Capa do álbum ‘Cycles of pain’, da banda Angra
Divulgação
Produzido por Dennis Ward, o álbum Cycles of pain foi formatado no Brasil entre estúdios de três cidades do país. Com repertório composto principalmente por Rafael Bittencourt e por Felipe Andreoli, os músicos do Angra migraram para o interior do Brasil por algumas semanas antes de entrar no Sonastério Studio, em Nova Lima (MG), em rota que abarcou passagens pelo Elephant Office Studio em Florianópolis (SC) e pelo Greenhouse Studios em São Paulo (SP).
Ao fim dessa peregrinação por vários estúdios, a banda Angra tinha pronto álbum com arranjos orquestrais, idealizados para soarem épicos e causarem impacto no ouvinte.
Com 13 faixas que totalizam 11 temas inéditos (Tide of changes é composição dividida em duas partes enquanto Hear in the now reaparece ao fim do disco como faixa-bônus gravada com a voz da cantora Vanessa Moreno), o álbum Cycles of pain propõe jornada de dor, crescimento e autoconhecimento entre sons de thrash metal (Ride into the storm), progressivo gótico (Dead man on display), power metal (Generation warriors) e de heavy metal em essência (Gods of the word).
Iniciada com o tema introdutório Cyclus doloris, faixa de 48 segundos, a jornada dolorida do álbum Cycles of pain inclui músicas como Faithless sanctuary e Tears of blood.

Fonte: G1 Entretenimento